Kathryn Kuhlman - Uma Biografia Autorizada - por Jamie Buckingham
Introdução
A tarefa de escrever uma biografia é como fazer uma necropsia. O
biógrafo pode, num frio exercício profissional, simplesmente reunir os
fatos, conversar com pessoas, ler o que os outros disseram e tirar suas
próprias conclusões impessoais. Entretanto, um processo desse tipo com
Kathryn Kuhlman, a quem o próprio Deus ungiu, seria totalmente
inadequado! A tarefa tinha de ser feita por alguém que não só conhecesse
Kathryn, mas também o Deus dela; alguém que falasse a verdade, como
fizeram os autores da Bíblia sobre o adultério de Davi, a insegurança de
Elias e o mau humor de Paulo. Não obstante, precisava ser realizada por
alguém que destacasse mais as partes saudáveis do que as doentias.
Escrever a história de Kathryn Kuhlman é literalmente tocar na ungida de
Deus. Portanto, a tarefa tinha de ser feita, verdadeiramente, com lágrimas
nos olhos; porém, muito mais do que isso: com amor.
Tendo trabalhado próximo a Kathryn Kuhlman e escrito oito de
seus nove livros, eu já havia tirado muitas conclusões positivas sobre sua
vida. Após sua morte, entretanto, quando conversei com seus críticos —
que eram muitos —, minha própria atitude passou a ser áspera e crítica.
Eu me ouvia discutindo sua vida e ministério, concentrando-me em
alguma falha de caráter, alguma sombra de seu passado ou do mistério
que cercava sua morte — e não no bem que ela fizera. Ao fazer eu mesmo
a necropsia da história dela, estava me tornando como o patologista que
se refere ao corpo de uma pessoa como um "ataque cardíaco" ou um
"câncer de mama", enquanto o marido, angustiado, agüenta firme e diz:
"Ela não era um 'câncer de mama'. Foi minha esposa por quarenta anos".
O amor faz a diferença.
Duas noites antes de me isolar para rascunhar o final deste livro,
tive um sonho. No sonho, eu estava com Kathryn. Sentia amor por ela, e
me sentia também amado. Não tinha conotação sexual; era um sincero
relacionamento pessoal. Ela estava como eu me lembrava dela antes de
sua morte — frágil e envelhecida, sem traços de beleza. Contudo,
enquanto andávamos por um campo, caminhávamos de mãos dadas por
uma travessa sombreada por árvores e permanecíamos em um profundo
abraço, eu não só a amava, mas estava apaixonado por ela. Fazia quatro
meses que ela havia falecido, e o sonho me assustou. Não era natural. Na
noite seguinte, sonhei novamente. Dessa vez, eu usava roupas de um
delegado. Kathryn estava comigo, sob certo tipo de prisão preventiva.
Então, de algum lugar, outros delegados apareceram, todos
uniformizados. Mas, em vez de me ajudarem, eles ridicularizavam Kathryn, imitando sua voz e maneirismos. Zombavam dela. Ela ficava sentada em silêncio o tempo todo em um pequeno banco ao lado da estrada
de terra, de cabeça baixa, engolindo a vergonha, mas sem fazer nenhum
movimento em sua própria defesa. Nervoso e frustrado, eu me levantei
para protegê-la.
Compartilhei os dois sonhos com minha esposa e dois amigos
próximos. Todos concordaram dizendo que Deus me havia dado os
sonhos para que eu tivesse um componente completamente necessário
para escrever e interpretar a vida de Kathryn Kuhlman: amor.
Prefácio do editor americano
No final de sua vida, Kathryn Kuhlman, percebendo que sua obra
estava chegando ao fim e querendo que toda a sua história fosse contada,
escolheu, sem hesitação Jamie Buckingham para escrever sua biografia.
Suas recomendações foram muito simples: "Conte tudo, Jamie; conte
tudo!". Jamie cumpriu os desejos de Kathryn e, ao "contar tudo", fez com
que este livro revelasse a natureza humana de Kathryn, junto com sua
profunda espiritualidade.
Tive o privilégio de estar presente em vários cultos de milagres da
senhorita Kuhlman. Toda vez que curas milagrosas aconteciam em suas
reuniões, ela sempre tinha o cuidado de atribuir a glória a Deus. Percebia
que seu chamado não estava baseado em suas próprias habilidades. Ela
gostava de repetir: "Deus escolhe as coisas loucas deste mundo para
confundir os sábios".
Antes de cada culto, ela orava: "Não retires o teu Santo Espírito de
mim", e é esta abordagem que ajuda a explicar o fenômeno Kathryn
Kuhlman e as maravilhas sobrenaturais que marcaram seu ministério.
Ouvi-la falar, vê-la orar pelos enfermos e ministrar o amor de Deus a leigos e clérigos era perceber-se na presença de Deus. Na Convenção
Internacional da ADHONEP (Associação dos Homens de Negócios do
Evangelho Pleno), em Washington, D.C., no ano de 1969, por exemplo, vi
quando Kathryn chamou à frente os pastores e sacerdotes que estavam
presentes. Centenas de homens responderam ao seu chamado,
representando muitas tradições religiosas: ministros protestantes, padres
da Igreja Católica Romana, clérigos da Igreja Ortodoxa Grega e rabinos
judeus. A senhorita Kuhlman foi até cada um deles, olhou bem dentro de
seus olhos e disse: "Irmão, você tem fome de Deus". Enquanto Kathryn
tocava na fronte desses homens e orava em seu favor, eles "caíam sob o
poder", conscientes somente de Deus e de seu grande amor. A impressão
que se tinha era que cada um deles voltaria para sua congregação com um
zelo e um compromisso renovados.
O primeiro editor desta obra escreveu: "Este livro é uma história
fiel e amorosa sobre a vida de Kathryn como nós a conhecíamos. Fala de
uma mulher que foi ridicularizada por alguns, venerada de fato por outros
e que, certamente, tem um lugar no Hall da Fama de Deus".
Embora proponha muitas perguntas, este relato biográfico
também oferece respostas claras sobre a motivação e o poder que estavam
por trás do ministério singularmente abençoado de Kathryn Kuhlman.
Cremos que este livro ministrará à sua vida, ao mesmo tempo que lhe
oferecerá novas percepções e informações objetivas sobre a vida e o
ministério de Kathryn Kuhlman. Oramos para que a unção especial que
esteve sobre a vida de Kathryn continue a fluir das páginas deste livro,
tocando e curando vidas com o poder e o amor de Deus.
Lloyd B. Hildebrand
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1 Comments
Dou graças e glórias a Deus pela existência deste Blog. Deus abençoe a todos vocês que visitam este Blog. A paz de Deus!
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